A vida na terra passa rapidamente, mas o mundo espiritual é eterno
A maioria de nós almeja transcender ao tempo, como se dispusesse o prolongamento existencial de forma a não cogitar a possibilidade da morte.
Motivo? Tema considerado tabu, indigesto, desagradável para muitos, enquanto outros sequer mentalizam o assunto considerado surreal.
Quantos vivem como se nunca houvesse prazo final, como se jamais fossem prestar contas ao Senhor Jesus de nada?
Mas, a realidade é outra, completamente distinta. De fato, ninguém detém capacidade alguma sobre o quanto viverá, muito menos pode acrescentar um milésimo de segundo a própria vida.
Ignoramos absolutamente todos os itens associados à morte. Não sabemos o ano, o mês, a data, o horário, o local, muito menos a forma da partida. No entanto, a certeza já estabelecida é que todos nós a enfrentaremos um dia.
No caixão, absolutamente não leva- se nada adquirido neste mundo. Todos os bens acumulados ficam. Roupas, sapatos, acessórios, joias, imóveis, dinheiro são, em sua maioria, partilhados pela família. Em suma, apenas as obras, sejam elas boas ou más, são mantidas com quem partiu.
A vida é contada em pouquíssimas décadas. A minha mãe, por exemplo, foram 7 décadas e meia, ou seja, 75 anos. Porém, o espírito é imortal, permanece eternamente.
A grande diferença é com quem a alma estará após a morte física. Deus levou minha mãe de volta ao lar celestial em 29 de junho, data do nascimento dela, porque ela pertence a ele, o serviu intensamente enquanto esteve aqui.
Verdadeiramente, após a conversão ao Rei, Senhor e Salvador Jesus, Marinalva Rebouças dos Santos não negligenciou, em hipótese alguma, o IDE. Ela exerceu efusivamente o sentido e o significado macro, pelo qual foi resgatada por Jesus, para a liberdade dEle.
Sim, a minha mãe testemunhou a Jesus com profundidade cristã. Não houve uma pessoa que não tivesse sido alcançada, pelo Espírito Santo de Deus, através da vida dela.
Assim como ocorreu com a minha mãe, a morte chega inesperadamente, sem aviso prévio, porque a vida passa rapidamente aqui.
Mas há uma eternidade sem fim diante de todos nós, indistintamente, seja rico, pobre, culto, iletrado, famoso, anônimo. Eis, aí, a grande realidade do mundo espiritual. Nesse aspecto, a morte atinge a coletividade, sem exceção.
Não há outro meio de redenção com Cristo tendo sido consumada a morte. Ninguém retorna dos mortos para ocupar outro corpo, considerando a probabilidade de recomeçar do zero, ou, talvez, dar sequência ao processo de “evolução espiritual”.
Ninguém mais pode se arrepender, receber a Cristo como Senhor e Salvador, ser perdoado, liberto, salvo, transformado por ele quando a morte acontece.
Somente os vivos ainda dispõem a graça concedida por Deus de serem restaurados pela verdade eterna. No entanto, após a morte física, o desfecho espiritual está selado, encerrado, segue- se o juízo e a justiça eterna, conforme Deus anuncia na Bíblia Sagrada.
O que eu, Bárbara, tive o privilégio de presenciar foi minha mãe preparando- se, dia após dia, numa busca sincera de entrega adoradora, para encontrar com Jesus, face a face, todos os dias. Esse foi o anseio dela: viver para glorificar a Cristo, fazê-lo conhecido.
Todos nós só temos uma única oportunidade na terra para nos santificar no sangue de Jesus, de vivenciar o imutável amor manifesto por ele na cruz, de sermos reconciliados com o Senhor da criação, a fim de usufruir o legítimo privilégio de ser amigo de Deus.
Apenas uma possibilidade real de estar, ou não, para sempre com o autor e consumador da salvação, conforme o nosso poder de escolha humana.
No Reino de Deus não haverá ninguém explicando- se, tentando justificar- se diante do Altíssimo, numa tentativa desenfreada de argumentar, convencer a Cristo a forma como quis conduzir a história pessoal longe da vontade santa dEle no transcorrer da efêmera estadia na terra.
No céu não haverá ninguém arrependendo-se dos pecados, nem procurando se consertar, nem “bagulho”, como dizia minha amada mãe.
Pelo contrário, lá só existirão pecadores genuinamente arrependidos, lavados no sangue de Jesus, que buscaram a contínua regeneração em Cristo durante a vida na terra.
Na eternidade com Cristo habitarão apenas pessoas revestidas pelo autêntico propósito de cumprir a vocação maior, pela qual foram chamadas: ser um só com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, em obediência fiel a Palavra dEle, tendo o anseio de corresponder ao amor perfeito, através do coração quebrantado e contrito.
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Hebreus 9: 27-28
“Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.
Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. Apocalipse 22: 11- 15
Bárbara Rebouças